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MEC é favorável às novas DCNs do curso de Administração

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, homologou o Parecer CNE/CES nº 438/2020, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, que analisou a proposta de revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração. O parecer foi publicado hoje, 13, no Diário Oficial da União.

O Conselho Federal de Administração (CFA) e a Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Angrad) também fizeram parte da comissão que definiu as novas diretrizes. Ambas entidades acompanharam e participaram ativamente do processo de aprimoramento da Resolução CNE/CES n.º 4/2005.

“Essas diretrizes vêm num momento muito importante porque os cursos precisam ser revistos e precisam caminhar fortemente para essa associação entre teoria e prática a todo tempo e isso está na nova proposta. Olhando, também, para as competências e preparar esses profissionais para tudo que vem pela frente no mundo pós pandemia”, afirmou a diretora de Formação Profissional do CFA, Cláudia Stadtlober.

A conselheira explica que o Sistema CFA/CRAs estava ansioso pela homologação do parecer. Mais de um ano após a apresentação da proposta, as novas DCNs foram, enfim, ratificadas pelo MEC. “Isso vai trazer melhorias e desenvolvimento para os cursos de Administração”, disse.

Para o presidente do CFA, Mauro Kreuz, a homologação das DCNs inaugura uma nova fase para o ensino e aprendizagem em Administração. “São diretrizes que vem ao encontro do mundo do trabalho, focadas fortemente em desenvolver sólidas competências em Administração e rever, de forma radical, essa lógica pedagógica ultrapassada que ainda ancoram os cursos de Administração, pelo menos em sua grande maioria”, defendeu.

Segundo ele, é hora do ensino na área se reinventar e ousar para que a formação possa entregar, ao mundo do trabalho, quadro com profissionais de elevada competência e performance. “É o que nós, do Sistema CFA/CRAs, esperamos e nos dedicamos intensamente na elaboração dessas novas diretrizes que, espero, surtam efeitos já nas turmas que vão iniciar no curso de Administração em 2022. Teremos, portanto, uns meses para reelaborar os projetos pedagógicos à luz dessas DCNs e rever a oferta do ensino e da aprendizagem”, declarou o administrador.

Protagonismo do CFA e da Angrad

Para apoiar o CNE nessa missão de elaborar as novas DCNs da Administração, o presidente do CFA, Mauro Kreuz, constituiu a Comissão Especial para Análise das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Bacharelado em Administração. O grupo foi coordenado por Cláudia Stadtlober. Ele foi composto, ainda, pela ex-presidente do CRA-BA, Tânia Maria da Cunha Dias; pelo presidente do CRA-MA, José Samuel de Miranda Melo Júnior (in memoriam); pelo presidente do CRA-PR, Sergio Pereira Lobo; pelo ex-presidente do CRA-DF, Udenir de Oliveira Silva; e pelo ex-presidente do CRA-RJ, Wallace de Souza Vieira.

O grupo de trabalho também contou com representantes da Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Angrad) que, de acordo com Cláudia, está sempre preocupada com a melhoria dos cursos de Administração. “Temos agora DCNs com muita flexibilidade, que dá autonomia para os cursos poderem olhar para os aspectos da sua região, para a questão da empregabilidade do seu município e de cada local.”, destacou, lembrando que o olhar do CFA foi fundamental no processo. “Para trazer esse olhar do meio profissional, coisas que a gente já vinha trabalhando, principalmente por meio da Pesquisa Nacional Perfil dos Administradores”, finalizou.

Entre os destaques da nova DCN estão a formação por competências e a prática profissional obrigatória, a fim de promover o alinhamento da teoria com a realidade laboral do futuro administrador. As Instituições de Ensino Superior (IES) terão três anos para se adaptarem às novas regras, a contar da publicação da DCN.

O CFA vai elaborar um guia com orientações sobre as novas DCNs. A publicação será destinada a coordenadores e docentes dos cursos de Administração. O objetivo é orientar as IES e ajudá-las a se adequarem às novas propostas dos cursos de Administração.

 

Ana Graciele Gonçalves
Assessoria de Comunicação CFA